Q&A Aborto, Prostituição, Hormonização Infantil e mais

Divisão de banheiro e espaços privados em ambiente público:

Eu acredito que a divisão por sexo funcione bem aonde uma pessoa não binária se sinta confortável para entrar no wc que quiser, assim como a criação de uma 3a opção de banheiro neutro.

Encarando a realidade, os atos de acontecem de discriminação seja dentro de banheiros e espaços compartilhados, na rua etc... a solução para o fim disso é investir na educação das gerações mais jovens, porque realmente para quem é de uma geração mais antiga é difícil de desvencilhar dos preconceitos que já foram enraizados, eu por exemplo fui ter conhecimento da comunidade LGBTQIA + através dos meus filhos ou amigos mais jovens ou que fazem parte de comunidades como mães pela diversidade etc...

Acho que a discussão por wc divido por sexo ou neutro ou... só é um remendo para tentarmos excluir o preconceito com pessoas que não se encaixam nos tais padrões sociais, quando na verdade temos que instigar que não haja essas discriminações.

Aborto:

Confesso que abortar não é algo que eu faria, é uma decisão bastante pesada para várias mulheres que optam fazer clandestinamente. Mas não podemos negar o número de óbitos de mulheres que vão até essas clínicas clandestinas e é por isso que o aborto deveria ser legalizado, para proteger essas pessoas.

Hormonização Infantil:

Não tenho uma opinião 100% formada sobre isso, preciso me informar melhor sobre o tema, mas a principio: toda criança que nasceu num corpo com a qual não se identifica, acho que deve ter o direito que se vestir e agir da maneira que se sinta confortável, talvez a aplicação de medicamentos e cirurgias por exemplo não seja adequado até que tenham maior idade.

Por tudo que envolve o crescimento corporal de um adolescente ou criança, sabemos como nossos corpos mudam ao longo do tempo e principalmente no período da infância x adolescência.

Prostituição:

Sou a favor da regulamentação da Prostituição como garantia dos direitos trabalhistas e segurança de quem exerce tal função. Como qualquer outro "profissional do sexo".

Isso garante que não haverá menores se prostituindo, ou abusos etc...

Não podemos fechar os olhos para algo que existe nas nossas cidades (sou de Balneário Camboriú e aqui se vê muitas mulheres se prostituindo nas esquinas próximos à BR). Então se existe deve ser regulamentado!

certamente o caminho para evitarmos essas situações como prostituição é o investimento na educação, é assegurar que tod@s tenham possibilidades para seguir o caminho que desejarem seguir. O que me questiono é que criminalizar como já é feito hoje não tem assegurado que os números de violência e marginalidade abaixem, então o que me faz pensar que o caminho é a regulamentação, para que o estado consiga ter controle e vigilância. Tenho visto muitos questionamentos sobre o assunto, e acho que assim como todo mundo, estou mais do que aberta a discutir sobre, questionar e ter mais informações sobre. Minhas opiniões também são pautadas pelo contato que eu tive com pessoas que se prostituem na minha cidade. Eu não to falando que as pessoas deveriam se prostituir, estou falando que devemos garantir a segurança dessas pessoas, uma vez que existe, mesmo sendo criminalizado, não podemos fechar os olhos para isso.

Combater a violência contra a mulher:

Primeiro acredito que é fundamental pensarmos na educação quando falamos de qualquer tipo de discriminação, preconceito, violência etc.. pois o que precisam no mundo são homens, meninos que aprendam a respeitar e mulheres que não sejam submissas e saibam se defender.

Então discutir questões de gênero nas escolas é o primeiro passo para uma sociedade mais igualitária.

Eu sou professora e acredito muito na força de uma sala de aula e como ela é transformadora.

Fora disso, fortalecer os canais de denuncio, fortalecer a voz feminina na assembleia legislativa são meios de combater a violência contra mulheres.